quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Orgulhos




Porque mostro eu uma fotografia de uma câmara que não de marca Pentax?
É que esta câmara tem uma história que, de algum modo, se cruza com a Pentax.
Herdei esta câmara de meu pai, junto com mais algumas e demais parafernália fotográfica.
Pelo ano em que foi fabricada (1969), pela história que sei da família e porque não encontrei nenhuma mais antiga, esta câmara terá feito as fotografias possíveis da revolução e pós revolução de 1974. Arquivo esse que não encontrei.
Teremos que considerar ainda que, na época, a fotografia estaria nos inícios da popularidade mas que, ainda assim era algo dispendioso. Equipamento, consumíveis e laboratório.
A câmara que se lhe seguiu na sua vida, e que tenho guardada e recuperada, foi uma Pentax ME Super. Uns dez ou poucos mais anos depois. Foi um salto qualitativo enorme, desde logo pelas várias objectivas que a acompanharam. Que também possuo.
Ter nas minhas mãos uma câmara fotográfica que fez alguns registos dos tempos que se seguiram à revolução é para mim motivo de orgulho.
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Os mais rigorosos da técnica e da estética fotográfica dirão que esta fotografia é uma confusão de sombras contraditórias. É verdade! Mas também é propositado.
Não apenas é uma tentativa de replicar a estética da fotografia de estúdio de então como é um interpretação subjectiva dos tempos belos mas conturbados e contraditórios que se viveram nessa altura. 
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Pentax K1 mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5
By me

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