terça-feira, 1 de março de 2022

Carnaval




É carnaval e boa parte do mundo está em guerra. Factual e de informação.

Como é habitual, as vítimas da primeira são os combatentes no local, que tombam sob as balas e bombas, bem como todos aqueles que são obrigados a abrigarem-se ou fugir em condições terríveis.

Já as vítimas da segunda são todos os outros que, no conforto da sua domus, são vendo, ouvindo ou lendo apenas uma parte da contenda, controlada pelos políticos e media, fazendo passar apenas o que lhes interessa e ignorando quase por completo o que lhes é incómodo.

Da guerra que agora grassa na Ucrânia sabemos o ponto de vista dos locais, tanto dos combatentes como dos que dela fogem. Residentes nesse país ou familiares ou amigos fora de fronteiras. E os discursos e opiniões dos países que apoiam a nação invadida.

Daquilo que pensam os Russos, sabemos os discursos do seu líder e algumas entrevistas de rua, na capital. Da opinião dos combatentes, dos seus familiares e do que sentem fora da capital nada nos chega. Ou porque não é conveniente ao poder russo ou porque não é conveniente a todos os outros poderes.

Sabe-se que o presidente da Ucrânia foi actor de comédia. Aquilo que não reconhecemos é o palhaço que há em cada um de nós, que somos as vítimas da guerra de informação.


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