A objectiva que se pode ver na imagem não é artigo fácil de
encontrar.
Trata-se de uma Takumar Asahi 135mm f/3,5.
Torna-a invulgar de encontrar o facto de não ser uma “super
takumar”, de ser montagem m42, o não ser SMC e o ser uma focal longa e o não
uma teleobjectiva (não vou aqui explicar as diferenças).
O seu preço no e-bay ronda os 40 dólares, o que a coloca na
fasquia inferior a nível de preços.
O que a torna mesmo rara de encontrar são dois outros
factores.
Por um lado os ter dois aneis de comando de diafragma. Bem
na frente da objectiva. Um deles, o prateado, marca a abertura que queremos
usar; o segundo, preto, faz com que, estando rodado totalmente para um lado, o
diafragma se mantenha sempre na sua máxima abertura, para efeitos de
enquadramento e focagem, e, rodado para o lado oposto até ao limite possível,
ficarmos com a abertura que seleccionámos. Pouco prático para trabalhar,
diremos nós hoje. Mas numa época em que as objectivas eram totalmente manuais,
este era um avanço notável.
Por outro lado, o que a torna absolutamente improvável de
encontrar, o facto de ter sido fabricada no mês e no ano em que nasci.
Foi comprada numa loja de artigos em segunda mão pela módica
quantia de 20 euros, sem que eu soubesse do detalhe da data. Visto tratar-se de
montagem M42, tive que comprar o respectivo anel de adaptação, que me custou
exactamente o dobro da objectiva.
Está em perfeito estado de conservação, tanto estético
quanto funcional, o que a torna um belo objecto de colecção considerando que
tem mais de meio século de idade.
A melhor semelhança entre ela e o seu actual dono é que está
mais “perra” no anel de focagem que eu, mas para lá caminho.
As duas imagens abaixo foram feitas da seguinte forma: a da
direita com a Takumar, a da esquerda com uma Tamron 18-200, ajustado em 135mm,
ambas com diafragma 8,5. Na velhinha tive que acrescentar um anel de extensão,
visto que a sua distância mínima de foco é de dois metros.
Tenho diversas peças de outros tempos, que faço questão de
estarem funcionais, se bem que não seja possível fazê-lo com todas. E gosto de,
volta e meia, dar-lhes uso.
Esta é, pela certa, uma daquelas de que nunca me separarei.
Nota adicional: para fotografar a objectiva usei uma Tamron
SP2 90mm f/2,5 e para as três imagens foi usada uma Pentax K7.
By me
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