domingo, 12 de janeiro de 2020

Relevâncias




Morreu um piloto de competição português. No decurso de uma competição, das mais duras das que existem.
Poderá dizer-se que morreu a fazer aquilo de que gostava: competir em cima de uma moto.
Vieram a terreiro diversos políticos e figuras públicas lamentar a sua morte e fazer-lhe um elogio póstumo. É bonito e fica-lhes bem.

Volta e meia, não sei com que frequência, morre um professor. Do ensino básico, profissional ou superior. Da mesma forma, volta e meia morre um artista: escrita, artes plásticas, artes cénicas.
Dessas mortes não se ouve falar. Nem da boca dos políticos ou figuras públicas nem nos noticiários. Para além da família e amigos próximos, poucos mais saberão disso. No entanto…
No entanto, enquanto os desportistas competem, querendo ser mais que os outros, professores e artistas fazem mais pelos outros que por si mesmos, fazendo com que alunos e cidadãos em geral cresçam e seja melhores.

Os lugares no pódio são bonitos. Mas nenhum dos que lá chega o conseguiria sem professores ou artistas!



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