Haverá sempre algo que me surpreenda nesta coisa de prestar
atenção às tampas que encontramos colocadas no chão.
Sabemos serem de tamanhos padronizado, o que faz sentido se
pensarmos no preço de custo e facilidade de acessos e manutenção. No entanto, e
quem andar com os olhos postos no chão, aperceber-se-á que algumas de acesso a
esgotos têm uns bons vinte centímetros de diâmetro que a maioria. Suponho que
se tratem de condutas especiais, aplicadas a locais de grandes caudais, pluviais
ou domésticos. Esta é standard no seu tamanho.
Por outro lado, uma grande maioria contem indicações codificadas quanto
à sua capacidade se suportar peso. 12, 25, 40 toneladas é o habitual de
encontrar. Suponho que isso será algum tipo de obrigatoriedade para que se
saiba em que locais se poderão usar em função do que se espera que lhes passe
por cima. Esta, pese embora estar datada apenas de 1998, nada mostra.
Também é comum encontrar a indicação do fabricante ou
fundição. Eu diria que um pouco mais de metade das que vou encontrando têm essa
referência. Esta terá sido fabricada pela Fundição Dois Portos e ostenta o respectivo
logotipo. O que acaba por ter graça é o facto de na zona onde resido encontrar
muitas da mesma fundição que, no lugar do nome e logotipo, apenas nos mostra as
iniciais: FDP. Isso já deu azo a piadas e chistes.
Igualmente comum é ter inscrito o nome do seu proprietário,
regra geral um município e/ou organismo. Definição de propriedade ou promotor
da obra, calculo eu.
O que torna esta tampa verdadeiramente excepcional é ter ela
inscrita a sigla SMASVFX, referindo-se ao município de Vila Franca de Xira e
vir a encontrá-la no município da Amadora. Que nem sequer são contíguos.
Mistérios de negócios e relações inter-municipais que se me escapam.
By me
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