segunda-feira, 16 de setembro de 2019

O dono da chave da retrete




O poder corrompe, vai-se dizendo aqui e ali.
O problema é quando quem chega ao poder já é, por natureza, alguém corrompível, capaz de usar poder em prol de si mesmo e dos seus, deixando que as simpatias e antipatias se sobreponham aos deveres que o poder público impõe.
Soube, um destes dias, a forma como um autarca (um presidente de junta de freguesia) gere o pessoal que ali trabalha e como realiza contractos de prestação de serviços.
Sempre dentro da lei, mas com uma imoralidade atroz, celebra e cancela contractos de acordo com as suas simpatias, chegando ao ponto de desfazer promessas de eventos apenas porque “não lhe pediram desculpa”.
É lamentável que os fregueses, vulgo eleitores, não saibam destas coisas. E que só uma movimentação massiva possa retirar do poder quem nem merece sequer gerir uma tasca de esquina.
Quatro anos é tempo demasiado para quem sofre com autocracias. Contractos, gestão de pessoal, aplicações de recursos públicos em favor de moradas e ruas preferenciais…
Diz-se que a justiça se faz nos tribunais e que o julgamento dos políticos nas urnas eleitorais. É pena que assim seja!

Nota adicional: o descrito não sucede onde resido, que eu saiba.



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