O poder corrompe, vai-se dizendo aqui e ali.
O problema é quando quem chega ao poder já é, por natureza,
alguém corrompível, capaz de usar poder em prol de si mesmo e dos seus,
deixando que as simpatias e antipatias se sobreponham aos deveres que o poder
público impõe.
Soube, um destes dias, a forma como um autarca (um presidente
de junta de freguesia) gere o pessoal que ali trabalha e como realiza contractos
de prestação de serviços.
Sempre dentro da lei, mas com uma imoralidade atroz, celebra
e cancela contractos de acordo com as suas simpatias, chegando ao ponto de
desfazer promessas de eventos apenas porque “não lhe pediram desculpa”.
É lamentável que os fregueses, vulgo eleitores, não saibam
destas coisas. E que só uma movimentação massiva possa retirar do poder quem
nem merece sequer gerir uma tasca de esquina.
Quatro anos é tempo demasiado para quem sofre com
autocracias. Contractos, gestão de pessoal, aplicações de recursos públicos em
favor de moradas e ruas preferenciais…
Diz-se que a justiça se faz nos tribunais e que o julgamento
dos políticos nas urnas eleitorais. É pena que assim seja!
Nota adicional: o descrito não sucede onde resido, que eu
saiba.
By me
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