Para os mais esquecidos, aqui fica um lembrete: Hoje
acontece o equinócio do Outono.
Pouco importante, dirão muitos. Ah, já nem me lembrava
disso, dirão outros. Isso é o quê, perguntarão tantos.
Na verdade, trata-se do posicionamento do planeta em torno
do sol, no seu movimento elíptico, e da orientação do seu eixo de rotação.
Nada que não aconteça uma vez por ano.
E convencionámos chamar a este dia equinócio porque hoje são
tantas as horas em que o sol é visível quantas as em que está oculto. E do
Outono porque convencionámos que os próximos três meses se chamarão “Outono”.
Pouco importante, excepto no que isso altera as nossas
vidas. Para além da redução das horas de sol e no que isso provoca nos nossos
humores, os casaquinhos de malha saem dos armários, a vontade de regressar a
casa mais cedo manifesta-se, começamos a pensar em ir comprar lenha, os “putos”
regressam a casa molhados… Outono!
Para os fotógrafos começa uma época especial, se bem que
todas sejam especiais: O pôr e o nascer do sol acontecem cada vez mais a sul,
alterando a orientação das sombras; o céu que começa a ficar mais encoberto
também altera a características da luz que usamos; as cores mudam, dos amarelos
secos para os acastanhados das folhas, nas árvores e no chão, os óculos escuros
vão ficando em casa, deixando ver os semblantes de quem passa; bosques e
florestas ficam menos densas, com outras luzes; …
Há toda uma panóplia de condicionantes para os fotógrafos nesta
época que agora começa.
Claro que a celebração do equinócio pelos nossos
antepassados em nada se prendia com fotografia.
Mas para celebrar os fenómenos naturais, que a natureza é bem
mais forte e duradoira que nós, frágeis e efémeros, não necessitamos de
condicionantes culturais.
Os equinócios acontecem pela graça de deus, de buda, zeus ou
iemanjá. Ou muito para além deles.
E nós, que em nada os podemos alterar, o mais que podemos
fazer é aproveita-los. Observando-os ou fotografando-os.
By me
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