segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Hoje




Para os mais esquecidos, aqui fica um lembrete: Hoje acontece o equinócio do Outono.
Pouco importante, dirão muitos. Ah, já nem me lembrava disso, dirão outros. Isso é o quê, perguntarão tantos.
Na verdade, trata-se do posicionamento do planeta em torno do sol, no seu movimento elíptico, e da orientação do seu eixo de rotação.
Nada que não aconteça uma vez por ano.
E convencionámos chamar a este dia equinócio porque hoje são tantas as horas em que o sol é visível quantas as em que está oculto. E do Outono porque convencionámos que os próximos três meses se chamarão “Outono”.
Pouco importante, excepto no que isso altera as nossas vidas. Para além da redução das horas de sol e no que isso provoca nos nossos humores, os casaquinhos de malha saem dos armários, a vontade de regressar a casa mais cedo manifesta-se, começamos a pensar em ir comprar lenha, os “putos” regressam a casa molhados… Outono!
Para os fotógrafos começa uma época especial, se bem que todas sejam especiais: O pôr e o nascer do sol acontecem cada vez mais a sul, alterando a orientação das sombras; o céu que começa a ficar mais encoberto também altera a características da luz que usamos; as cores mudam, dos amarelos secos para os acastanhados das folhas, nas árvores e no chão, os óculos escuros vão ficando em casa, deixando ver os semblantes de quem passa; bosques e florestas ficam menos densas, com outras luzes; …
Há toda uma panóplia de condicionantes para os fotógrafos nesta época que agora começa.
Claro que a celebração do equinócio pelos nossos antepassados em nada se prendia com fotografia.
Mas para celebrar os fenómenos naturais, que a natureza é bem mais forte e duradoira que nós, frágeis e efémeros, não necessitamos de condicionantes culturais.
Os equinócios acontecem pela graça de deus, de buda, zeus ou iemanjá. Ou muito para além deles.
E nós, que em nada os podemos alterar, o mais que podemos fazer é aproveita-los. Observando-os ou fotografando-os.



By me

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