Fala-se, em tudo quanto é media, na entrevista feita a um
conhecido activista de extrema-direita em Portugal. Pessoa que já foi condenada
por práticas relacionadas com os ideais que defende.
Infelizmente, este é apenas um líder a quem, eventualmente a
comunicação social dá destaque. Pela positiva ou pela negativa.
O pior, mesmo, são os outros. Aqueles que não são lideres de
coisa nenhuma mas praticam o mesmo ou equivalente.
Os que, activamente, praticam a discriminação negativa por
género, cor ou ideias. Os que censuram quem fala, impondo a lei da rolha ou
remetendo-os para locais inócuos. Os que, em lugar decisório, chamam a comentar
a vida portuguesa gente sempre do mesmo quadrante, deixando de fora outras
formas de pensar, mesmo que não extremistas. Os que, no escondido, mandam calar
porque “falas e escreves demais” ou que se escondem no anonimato para imporem
comportamentos e ideias.
São os quase anónimos, do nosso quotidiano, que se vão
impondo, com sorrisos e falinhas mansas mas saudosos de tempos malditos. São os
que, dizendo-se democratas, agem em contrário.
Ao Mário Machado deram tempo de antena e, por causa disso,
irá entrar no olvido mediático. Os outros, de quem não se fala mas que
conhecemos, ganham terreno com a nossa complacência.
É desses que tenho medo. Dos pequenos títeres, dos “donos da
chave da retrete”, dos que, por pura ambição de poder, tentam subir usando os
demais como degrau.
É contra esses muitos que me bato, se ao que faço se pode
chamar bater. No trabalho, no café, no autocarro. Com conversa e actos que não
apenas os impeçam de vingar como os denuncie em público pelos seus comezinhos comportamentos.
Enquanto deixarmos os pequenos propagarem os seus
pensamentos e acções, teremos sempre o risco de termos Trumps ou Bolsonaros a
guindarem-se e a estarem legitimamente a influir fortemente na nossa liberdade
ser e pensar.
By me
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