Assusta-me ver gente que, quase “não tendo onde cair morta”,
pensa e age à margem da solidariedade.
Que defendem e se comportam de modo a manter os fossos
sociais, mesmo pertencendo ao “nível inferior” e que, mais que vivendo, pouco
mais fazem que existir.
Que agarram oportunidades e bens como se a vida e o universo
tivesse a obrigatoriedade de lhas proporcionar, ignorando que outros também
terão direito a isso de acordo com esse pensar.
Que funcionam como se o universo girasse em torno do seu
umbigo e tudo o mais “tivesse sido criado” para os servir.
Que aplaudem o topo da pirâmide e menosprezam a respectiva
base, esquecendo-se que eles mesmos fazem parte desta.
O que será mais grave não é a existência destas pessoas. É o
elas organizarem-se e quererem impor o seu pensamento aos demais. Nos diversos
grupos sociais e com diversas amplitudes de influência. Discreta ou
assumidamente na governação, no trabalho, na vizinhança. À revelia das vontades
e necessidades dos que com eles irmanam na vida e nas dificuldades.
A diferença entre partilhar e dar é tão grande que não sei
se pertencerá ao mesmo universo.
By me
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