A todos aqueles que gostam de ir para a rua e “caçar”
desconhecidos e desconhecidas nos seus afazeres e que argumentam que é “arte”,
que é “fotografia de rua”, que é legítimo fazerem e divulgarem sem uma palavra
aos “caçados”, deixo uma pequena tarefa:
Vão ver na net ou nas bibliotecas (se souberem o que isto!),
públicas ou privadas, quantos fotógrafos de renome, daqueles que vos servem de
inspiração, mostraram ou fotografaram parentes. Filhos, avós, esposas ou
maridos, primas…
Constatam, com toda a certeza, que muito poucos o fizeram. E
que a maioria dos que o fizeram guardaram a bom recato essas imagens.
Talvez que esses “grandes”, que vocês pretendem copiar,
tenham uma séria noção do que é a privacidade (da imagem e da vida).
Se querem ser como eles, ou mais que eles, aprendam com eles
tudo o que há a aprender, nas práticas e nas teorias.
E percebam que a posse de uma câmara e o “título” de
fotógrafo não dá o direito de tudo desprezar.
E, já agora, leiam um belo romance, aproveitando que os dias
frios e curtos convidam ao recolhimento: “O pintor de batalhas”, de Arturo
Péres-Reverte. Ficarão mais ricos, p’la certa.
By me
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