Ainda não tenho a minha “biblioteca”
disponível por inteiro.
Por isso, e ao invés de
recorrer a um livro, recorri a um post antigo. Também ao calhas.
“Por vezes faço isto:
Mais ou menos ao calhas pego num livro, abro-o igualmente ao calhas e deixo que
os meus olhos se prendam num qualquer parágrafo.
Isto foi o resultado do
exercício de hoje, pouco depois de acordar. A imagem foi feita, também mais ou
menos ao calhas, para acompanhar a citação.
“Outro critério de
fracasso é o do desenquadramento e da descentragem: herdados das regras da
composição pictórica em perspectiva, a expectativa que se tem de uma “boa
fotografia” é que o motivo principal esteja centrado, situado no eixo do olhar,
ao mesmo tempo que respeita o equilíbrio da divisão da superfície em três
terços horizontais e verticais. Mesmo vazio, o centro propõe-se como ponto de
referência, comandando a organização geral da fotografia. A expectativa do
centro como ponto forte das imagens que se julga representarem a própria vida
mostra até que ponto a convenção representativa corrompe esta imagem
privilegiada, porque vestígio, da ideologia (*). A vida, o real, terão eles
centro?
(*)A centragem não é
apanágio da fotografia: encontra-se também de forma sistemática no cinema, em
particular no cinema clássico hollywoodiano. Foi a pintura que, após ter
instituído o Quattrocento, pôs em causa, pelo menos desde o séc. XIX, a
centragem na representação visual.”
in: “A imagem e a sua
representação”, by Martine Joly, Edições 70, pag 95”
By me
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