Dezembro é
época de tradições. Pelo menos nesta zona do globo.
Usemo-la e
contemos histórias ou estórias apropriadas.
Há muito,
muito tempo, numa terra muito, muito longe, o sr. Pilim e a srª Narta tiveram
um filho. Carinhosamente deram-lhe o nome de Dinheirinho.
Sabendo do
acontecimento e exultantes com a boa nova, de imediato três magos de reinos
distantes se dispuseram a venerar e ofertar. Vinham eles do reino do Fisco, do
reino da Banca e do reino do Comércio.
Ajoelhando-se
à chegada, logo lhe entregaram o que traziam: um cartão de crédito, um cartão
de cliente e um cartão de contribuinte. E disseram-lhe:
“Aqui
tendes as nossas oferendas. Acreditamos que com elas sereis maior e mais
poderoso. Usai-as como entenderdes.”
E assim
aconteceu: o recém-nascido cresceu, a sua palavra e influência espalhou-se
pelos quatro cantos do mundo e tornou-se omnipotente, omnipresente e
omnisciente.
Os magos,
por sua vez, deram graças pelo seu desenvolvimento e trataram de erguer, em
tudo quanto é lugar, templos de veneração: Repartições de Finanças,
Instituições de Crédito e Centros Comerciais.
E hoje,
todos acorrem aos locais de culto em datas como esta, fazendo as suas preces e
doando as suas oferendas, num ritual sempre acarinhado pelos sacerdotes.
Contada
esta fábula, tenho que ir ali ao balcão agradecer com uma oferenda este bolo e
bica e seguir depois para fazer uma promessa por uns cigarritos que gastarei.
Alguém aí tem lume?
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