terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Brincando com coisas sérias




Não é uma questão de superstição, mas quem sabe se não será o início de uma mudança radical.
Desde que me conheço que tem sido a minha perna esquerda a sofrer de maleitas e acidentes. Foi uma intervenção cirúrgica, que me pôs seis meses a andar de muletas, foram várias entorses, uma das quais com direito a baixa e inviabilizando um projecto de reportagem fotográfica alargada, foi uma inflamação no nervo ciático, petisco que não recomendo nem ao mais valente, foi um cravo no pé que teve que ser queimado… isto e mais uma série de outras pequenas coisitas, daquelas que podem acontecer aos membros inferiores, sempre na perna esquerda.
Entretanto o país, talvez porque ia vendo a perna direita saudável, ia virando para esse lado, chegando ao ponto em que nos encontramos hoje, com a direita política pujante e activa, fazendo o que quer, enquanto que a esquerda política vai protestando como pode, mas sem grandes consequências. Para mal de todos nós, é o que se vai constatando.
Hoje, para mui grande surpresa minha, foi a vez da direita me deixar mal. Como consequência temos um, uma vez por dia; outro, duas vezes por dia; outro ainda, três vezes por dia; um quarto em permanência durante todo o dia; e um último, que já cá tinha a título de decoração, que será usado em caso de necessidade. Acrescente-se uma semana de inactividade quase total.
Com um pouco de sorte, se desta vez é a perna (o artelho, para ser mais rigoroso) direita a chatear, talvez o país mude de rumo.
Ok, quando olho para o espelho também penso ser o Pai Natal, portanto não se admirem. Mas a primeira parte da equação está certa.

Texto e imagem: by me

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