A notícia não era nova. Vinha nos jornais da véspera e tinham decidido fazer uma reportagem sobre o tema.
Falava ela da falta de honestidade de alguns motoristas de táxi e de como eles se aproveitam da falta de conhecimento das regras e tarifas para abusar no que querem cobrar em extras aos passageiros incautos.
Tão velho quanto a existência de táxis numa qualquer cidade!
O meu colega, sentado a meu lado naquela madrugada, explodiu! Mas de forma alguma como eu esperaria!
Explodiu contra a reportagem, contra a Deco que havia promovido o estudo, contra o como isto impede os taxistas de ganharem a vida, já de si bem difícil.
De pouco adiantou tentar explicar-lhe que, fosse qual fosse o ponto de vista para abordar o tema, tratava-se sempre de um roubo ou burla ou qualquer outro termo. Mas que de forma alguma se poderia dizer que esses taxistas, que não são a maioria saliente-se, não o estão a fazer honestamente.
A argumentação passou, a dado passo, para que aos passageiros, em regra turistas, esses dois ou cinco, ou mesmo dez euros a mais não fariam diferença, pouco mais seriam que trocos, enquanto que para o taxista seria o que o poderia fazer dizer que tinha valido a pena trabalhar naquele dia e com aquela “corrida”.
Claro que, quando lhe perguntei qual a quantia a partir da qual era uma desonestidade, meteu as mãos pelos pés e não pôde responder algo que se visse. Mas ficou na sua: Cada um que se safe como puder e os outros que se acautelem!
No final ainda fiquei a pensar se seria este de quem tinha sabido ser filho de motorista de táxi, mas não era!
São estas mentalidades, de quem pratica os actos e de quem os encobre, que fazem com que dificilmente este país algum dia sejam mais que um local pitoresco para visitar, onde há que ter cuidado com alguns dos nativos, mas que isso mesmo faz parte da aventura.
E eu, que aqui nasci, sou metido no mesmo saco desses “nativos”!
A que horas sai o próximo avião para a Patagónia?
Texto e imagem: by me
Falava ela da falta de honestidade de alguns motoristas de táxi e de como eles se aproveitam da falta de conhecimento das regras e tarifas para abusar no que querem cobrar em extras aos passageiros incautos.
Tão velho quanto a existência de táxis numa qualquer cidade!
O meu colega, sentado a meu lado naquela madrugada, explodiu! Mas de forma alguma como eu esperaria!
Explodiu contra a reportagem, contra a Deco que havia promovido o estudo, contra o como isto impede os taxistas de ganharem a vida, já de si bem difícil.
De pouco adiantou tentar explicar-lhe que, fosse qual fosse o ponto de vista para abordar o tema, tratava-se sempre de um roubo ou burla ou qualquer outro termo. Mas que de forma alguma se poderia dizer que esses taxistas, que não são a maioria saliente-se, não o estão a fazer honestamente.
A argumentação passou, a dado passo, para que aos passageiros, em regra turistas, esses dois ou cinco, ou mesmo dez euros a mais não fariam diferença, pouco mais seriam que trocos, enquanto que para o taxista seria o que o poderia fazer dizer que tinha valido a pena trabalhar naquele dia e com aquela “corrida”.
Claro que, quando lhe perguntei qual a quantia a partir da qual era uma desonestidade, meteu as mãos pelos pés e não pôde responder algo que se visse. Mas ficou na sua: Cada um que se safe como puder e os outros que se acautelem!
No final ainda fiquei a pensar se seria este de quem tinha sabido ser filho de motorista de táxi, mas não era!
São estas mentalidades, de quem pratica os actos e de quem os encobre, que fazem com que dificilmente este país algum dia sejam mais que um local pitoresco para visitar, onde há que ter cuidado com alguns dos nativos, mas que isso mesmo faz parte da aventura.
E eu, que aqui nasci, sou metido no mesmo saco desses “nativos”!
A que horas sai o próximo avião para a Patagónia?
Texto e imagem: by me
1 comentário:
http://www.revistasamizdat.com/2008/12/dialtica-do-jeitinho-brasileiro.html
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