Eis que chega Outubro, que seria o oitavo mas que acaba por
ser o décimo porque alguém acrescentou mais dois pelo caminho.
Nos meus tempos de rapazinho, significava o fim de férias e
inicio de aulas, com chuvas ou chuviscos logo quase no início, samarra húmida a
secar junto do fogão familiar e novas capas com novas folhas. Que isso de
cadernos era coisa que não se usava.
Também era o mês de reencontrar os colegas do ano anterior,
conhecer novos e mudança de professores nalgumas disciplinas (é giro usar-se “disciplina”
neste contexto, quando lhe conhecemos outro bem mais férreo, principalmente
naquela época).
Também era - e é - a época em que se verificavam os tamanhos
e estados das vestimentas e calçados invernosos, tentando os pais “fazer render
o peixe” até que viesse - venha - dezembro (o décimo que passou a décimo
segundo), com o seu subsídio de natal, para renovar o que tivesse que ser.
Outubro, com o seu nome mentiroso, foi e é um mês de
mudança. Do clima, das rotinas, dos convívios, dos dinheiros. Talvez que do
clima já não tanto, mas todos sabemos o porquê.
Mas não são todos?
By me
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