Sobre a polémica dos registos de presenças fraudulentos na
Assembleia da República, leio num jornal:
“…
O
presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, já tinha apontado a
necessidade de uma maior exigência na "responsabilidade e
responsabilização individual (de cada deputado) e coletivas (de cada grupo
parlamentar), sancionando as irregularidades".
Fernando Negrão limitou-se a dizer que fará um
"trabalho de sensibilização" e que há uma "relação sagrada entre
deputado e eleitor", onde o grupo parlamentar não mete a colher. Essa
sensibilização passa por "chamar a atenção dos deputados", mas o
grupo parlamentar "não é uma empresa, não pode ir além disto".
...”
Pergunto ao lider da bancada do PSD onde enquadra a “relação
sagrada entre deputado e eleitor” na disciplina ou liberdade de voto que os
partidos aplicam.
Tal como pergunto se os parlamentares não estão ao
serviço de Portugal, tal como os funcionários públicos. E se estes podem ser
objecto de procedimentos disciplinares, que incluem o despedimento, o que
impede que os deputados tenham o mesmo tratamento em situações análogas?
Fraude é fraude!
Imagem: edit by me
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