terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Coerência, procura-se




No jornal leio um artigo em que nos falam sobre os números da eleição para o cargo de sercretário-geral da juventude socialista.
Segundo o artigo, foram mais os delegados que não escolheram a vencedora que os que nela votaram. Num universo de 336 votantes, só 165 votaram na única candidata. Por outras palavras, 49,1% dos delegados votaram na vencedora.
Os restantes ou não votaram, ou votaram branco ou nulo.
Leio este artigo e não recordo ter lido um artigo, um só que fosse, sobre o resultado da votação para presidente da república de que resultou a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo a comissão nacional de eleições, num universo de 9.751.398 eleitores, só 2.413.956 eleitores escolheram o actual detentor do cargo. Os restantes ou não votaram, ou escolheram outros candidatos, ou votaram branco ou nulo.
Feitas as contas, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito por 24,7% dos portugueses.

Não sou defensor de Marcelo nem simpatizante do partido socialista. Mas gostava de ver os jornalistas a abordarem os temas com critérios coerentes.
Talvez eu esteja pedir muito, numa época em que as rivalidades partidárias começam a aquecer face às eleições que se aproximam. E é sabido que no amor, na guerra e na política vale tudo, mesmo tirar olhos.

By me

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