Poderia
usar diversos nomes classificativos, uns mais agressivos outros em bom vernáculo.
Mas o
primeiro que me vem à cabeça é “cobardola”.
Aquelas
pessoas que afixam nos locais de trabalho imposições de comportamento ou mesmo
insultos indirectos e que não têm coragem para assinar o que fazem.
Na
calada da manhã, no escuro do “ainda não começámos”, no silêncio possível do ar
condicionado.
Em
tempos andei a fazer e distribuir panfletos políticos. Naqueles tempos, fazê-lo
era arriscado. Muito arriscado. No pelo e na liberdade. Felizmente alguns
resolveram a situação e a liberdade de expressão é hoje integrante da nossa
sociedade. Ainda que alguns a queiram extinguir.
Como
estes cobardolas que o fazem pela calada, incapazes de dar a cara pelo que
fazem ou pensam. E que se assim actuam, é-lhes igualmente fácil censurar ou
punir aqueles que em público e sem pejo se exprimem.
Tenho
o desprazer de ter um colega assim. Cobardolas.
E que
nem mesmo quando instigado a pronunciar-se teve a coragem de assumir os seus
actos.
Sei o
que fazer: votá-lo ao ostracismo, sem mesmo lhe dar a saudação à chegada ou
partida.
E se
mais ordens ou imposições vierem, assim anónimas e cobardemente afixadas, terão
o mesmo tratamento que desta última: “Bocas” apostas nas afixações, “bocas”
atiradas para o ar, achincalhamento público do cobardolas.
Para
ti, que o fazes, o meu desprezo e uma escarradela na cara!
Imagem:
parte da capa do livro “A língua da tua mãe”
By me
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