A questão das calendarizações ou oportunidades é terrível!
Há actividades que, sendo certas em qualquer momento do ano
ou da vida, nalguns momentos serão mais oportunas que noutras. Ou mais
convenientes.
O campo politico-laboral é um deles acontecimentos.
Faz sentido actuar por melhores condições de vida e de
trabalho: segurança, salários, futuro. Em qualquer momento se deve providenciar
para que isso aconteça.
Mas há ocasiões em que essas actuações serão mais
convenientes que outras. Não no que concerne ao objectivo explícito da luta ou reivindicação
mas antes ao que em torno disso acontece, ao ambiente social existente, às
causas e consequências do momento em que se actua.
Ver mais longe que o fim do dia, do mês ou do ano
permite-nos aperceber disso. Ou pensarmos que nos apercebemos. E as dúvidas, as
interacções extra, os argumentos explícitos e implícitos podem levar-nos a
concluir que, em torno de uma dada luta, outros interesses se levantam.
Por outras palavras: cheios de razão, de motivos para agir e
intervir social e/ou laboralmente, podem muitos estar a ser levados para que se
conquistem outros objectivos não confessos.
Ao contrário do outro, que nunca se enganava e raramente
tinha dúvidas, eu tenho muitas. Sempre! E neste momento ainda mais.
Não mudei de posição ou atitude no que se refere a
intervenção social. Apenas entendo que a manipulação tem limites.
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