Recordo uma história cuja veracidade não asseguro. Por
aquilo que suponho saber, remontará aos tempos do PREC.
Terá um dirigente partidário português comentado para um
outro escandinavo: “Nós queremos acabar com os ricos.” Ao que o outro terá
respondido “Pois nós queremos acabar com os pobres”.
Verdade, com estes ou outros, ou mentira, lembro isto a
propósito do quanto estão escandalizados os sindicatos dos funcionários
públicos sobre o aumento salarial decidido pelo governo apenas para os escalões
inferiores, deixando todos os demais na mesma. Por aquilo que li nos jornais,
esta medida abrange 50 a 70 mil pessoas, deixando de fora mais de 600 mil.
Segundo as mesmas fontes, o salário mínimo na função pública passa para 635
euros, no lugar do fixado para o sector privado que se fica pelos 600 euros.
Caramba!
Eu gostava de ver os sindicatos (e os trabalhadores por eles
representados) satisfeitos por saberem que os que menos ganham passaram a
ganhar um pouco mais. Que para quem receba líquido 1500 euros pode ser pouco
significativo, mas para quem receba 600, 35 euros é notório.
A cupidez de alguns é terrível!
E é doloroso ver gente emparelhada em tarefas com os mesmos
objectivos e, na pausa para a refeição, uns a comerem bife e outros a comerem
salsicha.
By me
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