Ainda um dia alguém me vai explicar, como se eu fosse muito
estúpido, porque é que as fotografias têm que ter o máximo possível de definição,
nitidez, resolução.
Não que eu entenda que isso seja errado.
Mas não entendo que seja obrigatório, como que saído de um
qualquer livro sagrado, e quem quer que não o faz incorra nos quintos do
inferno dos fotógrafos.
É que, do meu ponto de vista, fotografia não é apenas
documento. Eventualmente fiel ao assunto representado. Mas é, antes de mais,
uma forma de expressão.
O fotógrafo, quando decide premir o botão ou, mais tarde,
fazer a edição, está a materializar o que sentiu. De bom ou de mau. Ou a
pedido.
Eventualmente, e porque o fotógrafo está inserido num
sociedade que comunica e usa códigos para isso, usa os códigos em vigor. E estes
passam pela facilidade de leitura e interpretação da fotografia exibida.
Mas nada impõe que os sentimentos sejam explícitos e claros.
Tal como nada obriga a que o trabalho feito seja diferente do que o fotógrafo
sentiu.
Se o fotógrafo se sente satisfeito com fotografias que faça
e que não sejam nítidas, focadas, como uma resolução de assombrar, isso é que
importa. E o agrado do público é acessório.
Claro que pode não pagar contas, mas isso é outra história.
By me
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