Há dez anos contava eu esta história.
Foram uns tempos que, felizmente, consegui transformar em divertidos, com diversos episódios que, bem mais que divertidos, me mostraram que a espécie humana não está tão à beira do precipício quanto podemos pensar.
E faz bem, em certas ocasiões, lembramo-nos disso.
“Isto é uma fotografia.
Melhor dizendo, isto é a grafia feita por algo com comprimentos de onda bem diferentes dos da luz.
Por outras palavras, isto é uma radiografia.
Faz o registo daquilo que não vemos porque, por exemplo, coberto de carne. Humana, neste caso.
Em boa verdade, é daquelas grafias, ou imagens, que estamos sempre desejando nunca ver ou, melhor ainda, nunca sermos o objecto registado.
Trata-se, para ser rigoroso, da minha mão esquerda, com um belo de um ossinho fracturado, e antes ainda de ter sido engessada.
Há sempre uma primeira vez para tudo na vida e, hoje, tocou-me esta.
Isto e mais a história, realmente mirabolante, que contarei assim que me habituar (e terei bastante tempo para isso) a usar somente a mão direita no teclado.
Bem como somente a mão direita para um montão de outras coisas.”
By me
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