Excerto do artigo hoje
publicado no jornal “Diário de Notícias”.
Parto do princípio que
seja rigorosamente verdade.
Assim sendo, concluo sem
dificuldade que a isenção politico-partidária das televisões portuguesas anda
pelas ruas da amargura.
“As televisões (RTP, SIC
e TVI) não vão mudar o alinhamento dos seus frente-a-frente para as
presidenciais só porque entretanto se confirmou a candidatura de
"Tino" de Rans. O líder do RIR e antigo militante do PS vai ficar de
fora.
Vitorino Silva -
"Tino" de Rans - já entregou as assinaturas para ser candidato
presidencial mas será excluído dos frente-a-frente que as televisões (RTP, SIC
e TVI) organizaram e que serão transmitidos de 2 a 9 de janeiro.
A decisão já estava
tomada entre as direções de informação das três estações ainda antes de o
antigo presidente da junta de freguesia de Rans (Penafiel) ter apresentado as
assinaturas (apresentou nove mil quando só precisava de 7500).
O argumento das
televisões é que, como os frente-a-frente terão lugar antes do período oficial
de campanha (que começa a 11 de janeiro e terminará a 22, sendo as eleições a
24), é possível ter critérios editoriais que não impliquem tratamento
absolutamente igualitário entre todas as candidaturas.
E assim, só estarão nos
frente a frente os candidatos que, de uma forma ou de outra, têm alguma espécie
de correspondência com os partidos parlamentares: Marcelo é apoiado pelo PSD e
pelo CDS; Ana Gomes é militante do PS e apoiada pelo PAN; Marisa Matias pelo
BE; João Ferreira pelo PCP e pelo PEV; André Ventura, pelo Chega; e Tiago
Mayan, pela Iniciativa Liberal.
Obedecendo a este
critério, "Tino" de Rans ficará de fora. Sendo líder de um partido -
o RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) não tem no entanto representação parlamentar.”
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