sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Media e democracia


 


Excerto do artigo hoje publicado no jornal “Diário de Notícias”.

Parto do princípio que seja rigorosamente verdade.

Assim sendo, concluo sem dificuldade que a isenção politico-partidária das televisões portuguesas anda pelas ruas da amargura.

 

“As televisões (RTP, SIC e TVI) não vão mudar o alinhamento dos seus frente-a-frente para as presidenciais só porque entretanto se confirmou a candidatura de "Tino" de Rans. O líder do RIR e antigo militante do PS vai ficar de fora.

Vitorino Silva - "Tino" de Rans - já entregou as assinaturas para ser candidato presidencial mas será excluído dos frente-a-frente que as televisões (RTP, SIC e TVI) organizaram e que serão transmitidos de 2 a 9 de janeiro.

A decisão já estava tomada entre as direções de informação das três estações ainda antes de o antigo presidente da junta de freguesia de Rans (Penafiel) ter apresentado as assinaturas (apresentou nove mil quando só precisava de 7500).

O argumento das televisões é que, como os frente-a-frente terão lugar antes do período oficial de campanha (que começa a 11 de janeiro e terminará a 22, sendo as eleições a 24), é possível ter critérios editoriais que não impliquem tratamento absolutamente igualitário entre todas as candidaturas.

E assim, só estarão nos frente a frente os candidatos que, de uma forma ou de outra, têm alguma espécie de correspondência com os partidos parlamentares: Marcelo é apoiado pelo PSD e pelo CDS; Ana Gomes é militante do PS e apoiada pelo PAN; Marisa Matias pelo BE; João Ferreira pelo PCP e pelo PEV; André Ventura, pelo Chega; e Tiago Mayan, pela Iniciativa Liberal.

Obedecendo a este critério, "Tino" de Rans ficará de fora. Sendo líder de um partido - o RIR (Reagir, Incluir, Reciclar) não tem no entanto representação parlamentar.”

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 Imagem by me

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