sábado, 28 de novembro de 2020

Ir ao cinema


 


Quando as pipocas invadiram as salas de cinema eu deixei de ser um espectador assíduo.

Ele é o cheiro das pipocas que nos é imposto, gostemos ou não dele… ele é o ruído do consumo, que nos impede de aceder ao som na sua plenitude… ele é o terminarem a projecção aquando da ficha técnica final, para que haja tempo de limpar a sala antes da sessão seguinte…

Se eu vou pagar para ver um filme quero-o a ele e não a toda esta poluição sonora e olfactiva. E quero o filme por inteiro, e não apenas o que o exibidor entende que devo ver e ouvir.

Fiquei agora a saber que a Direcção Geral de Saúde proibiu, por motivos sanitários, o consumo de pipocas e refrigerantes nas salas de cinemas.

Claro que isso afecta o negócio, que por vezes mais parece de restauração que de espectáculos. E coloca em risco muitos postos de trabalho, com tudo o que isso significa para essas vidas.

Mas talvez que a medida fique para sempre e eu volte a ser um consumidor regular de cinema, vendo-o na plenitude do grande ecrã, ouvindo-o na magnificência dos multi canais e sem incómodos adicionais.


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