Foi há uns dias.
Fui ter com uma pessoa que trabalha ao dia no mesmo local
onde ganho a vida e disse-lhe que se repetisse o que havia feito trataria de
encontrar forma de lá não voltar.
Não tenho poderes de contratação ou o seu oposto. A minha
influência nesse campo mais não será que como consequência do meu tempo de casa
e experiência. E se tenho estado presente em concursos de admissão, nunca
estive em condições opostas. E não quero estar, que decidir da vida de outros,
nomeadamente o impedir que possam ganhar o seu sustento, é de uma
responsabilidade tremenda.
Mas o ofício tem éticas que não podem ser ultrapassadas. O
respeito pelos colegas, o respeito pelos que convidamos a participar no que
fazemos, o respeito pelos destinatários do nosso trabalho, é algo que levo
muito a sério. Tão a sério que se sobrepõe a muitos outros aspectos. Incluindo
o ganhar a vida.
Se tornara ver ou saber aquele fulano (e um outro que há uns
três ou quatro anos fez igual e a quem disse o mesmo), farei tamanha
peixeirada, gritarei tão alto, incomodarei tanta gente dentro e fora de portas,
que não mais ali voltarão a ganhar a vida.
Para alguma coisa servirão os anos de profissão e a cor das
minhas barbas.
E quero mesmo que estas pessoas, e quaisquer outras que
façam equivalente, vão directas para o cesto da gávea.
By me
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