Votar é, de algum modo, decidir sobre a coisa pública. É
dizer qual dos projectos candidatos mais se ajustam às ideias sobre a gestão da
coisa pública. E sobre as leis que gerem os nossos comportamento, dos crimes às
penalizações. Sobre pessoas e bens.
Ora, entendo eu, quem acha que nenhum dos projectos
apresentados o representa não deve esperar que algum deles, o que ganhe, actue
sobre si. Lhe dê aquilo que quem não vota recusa.
Refiro-me, em particular, aos benefícios económicos que o
colectivo dos cidadãos entende dar, através de leis e portarias. Fisco, emprego,
justiça, saúde, educação, segurança…
Mandasse eu alguma coisa e continuaria a entender como
legítima a abstenção. Mas todos aqueles que se abstivessem deveriam ser ausentes
dos benefícios fiscais e outros (taxas moderadoras, subsídios, deduções fiscais…)
até que regressassem a uma assembleia de voto.
Não creio na obrigatoriedade de voto. Mas acredito firmemente
no conceito de “máxima liberdade com a máxima responsabilidade”. E não
participar na coisa pública deveria implicar não receber da coisa pública
benefícios adicionais.
Os meus cinco cêntimos
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário