Pese embora o Festival da Canção da Eurovisão nada me dizer,
diz-me menos hoje do que já disse há vinte ou mais anos.
No dia ou dias seguintes, a canção vencedora estava nas
ruas, trauteada por uns ou por outros, com melhor ou menor afinação. Mas havia
conquistado um lugar efémero de fama pela letra ou pela música.
Hoje, dificilmente se reproduzem as coreografias ou efeitos
visuais, que é aquilo em que acabou por se transformar o festival da canção: um
mega espectáculo de audiovisual, em que o visual tem preponderância.
E, para além das músicas, melhores ou piores, havia sempre a
questão da votação, em que se tentava adivinhar que país votava em quem, com
que simpatias geopolíticas ou contrapartidas em relação à votação do ano
anterior.
A qualidade musical, hoje, pouca importância tem! E é isto
de tal modo verdade que há países – os cinco grandes – que estão sempre
apurados para a final, não passando por crivo prévio algum: França, Alemanha,
Itália, Espanha e Reino Unido.
É como as competições de futebol, em que jogam todos mas os
maiores são os noticiados e com mais ou menos garantias de um deles estar na
final.
Ou como o conselho de segurança da ONU, que é composto por
quinze países membros, mas onde cinco – China, Estados Unidos, França, Rússia e
Reino Unido - têm lugar permanente e
direito de veto nas decisões.
Ora batatas!
Imagem roubada da net
By me
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