O dinheiro é o símbolo do valor daquilo que possuímos e do
trabalho que fazemos. E usamo-lo para trocarmos bens ou serviços por outros
bens ou serviços.
Existe desde muito longe no tempo e já teve diversas formas.
Uma delas, que hoje é usada como decoração, assumia a forma de metais preciosos
ou pedras preciosas, muitas vezes agarradas ao corpo como brincos ou piercings.
Hoje usamos notas, moedas e valores virtuais.
O que acaba por ser interessante é que não é possível usar
daquilo que é nosso, mesmo que resultado do nosso trabalho, sem que nos
relacionemos com um banco. Que a maioria dos pagamentos de salários ou
honorários são feitos por transferência bancária ou usando cheque traçado. E
este implica o seu depósito.
Acontece que para se ter uma conta bancária é necessário
pagar a esse banco. Mesmo as contas de serviço mínimo, sem comissões, implicam
limites ao levantamento diário através do multibanco. Ou, se ao balcão, comprar
um cheque. Quem quer que queira levantar todo o seu salário de uma só vez tem
que pagar ao banco para aceder ao que é seu.
E agora querem os bancos que os levantamentos em caixas
automáticas também sejam pagos. Mesmo que quantias pequenas.
Por outras palavras: para termos o que é nosso, resultado do
nosso trabalho, temos que pagar a entidades intermediárias: os bancos.
Pode-se dizer que culpa não é dos bancos. Na prática, eles
são entidades privadas com o objectivo de lucrarem com a sua actividade.
A culpa é da sociedade que permite inserir nas actividades
humanas entidades que têm que ser pagas e que em nada se relacionam com a nossa
actividade profissional.
Dito de outro modo, a sociedade criou, em nome da comodidade
e “segurança”, proxenetas do trabalho alheio.
De algum modo, podemos fazer um paralelismo com os
traficantes de droga: começam por oferecer o “produto”, a título de experiência
e quando o patego já está viciado começam a cobrar e bem por aquilo que vendem.
Não em meu nome e, no que me for possível, tentarei evitar o
sistema!
By me
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