O “Diário de Notícias” publica na sua versão digital um
artigo com o seguinte título e subtítulo:
“Cavaco
volta a estar ausente da cerimónia do 25 abril no Parlamento
Ramalho Eanes será o único ex-Presidente da República
a marcar presença na sessão da Assembleia República.”
O artigo, não muito longo, termina com o seguinte parágrafo:
“A 25 de
abril de 1974, um movimento de capitães derrubou a ditadura de 48 anos, de
Marcelo Caetano, chefe do Governo, e Américo Tomás, Presidente da República, um
golpe que se transformou numa revolução, a "Revolução dos Cravos".
Em abono
da verdade, diga-se que a notícia está assinada por “Lusa”, o que significa que
foi esta agência que a escreveu e que o jornal apenas a reproduziu.
O que
passará pela cabeça de quem escreveu isto para sentir necessidade de
contextualizar as comemorações do 25 de Abril?
Terá uma
idade tal para que 1974 seja apenas passado e necessite de mostrar que sabe o
que foi essa data?
Entenderá
que os seus concidadãos não o sabem?
Tentará
manter distância dos factos e demarcar-se da Revolução?
Curioso é
não me recordar de textos contextualizadores aquando dos 5 de Outubro nem dos
10 de Dezembro.
Sugiro que
os que escrevinharam este texto, tal como quem o divulgou pelas diversas redacções
e quem o pagou e publicou, passem uns tempitos a ler a história recente (menos
de 50 anos), tenham umas conversa sérias com quem o viveu e/ou protagonizou e
deixem-se de políticamente correctos.
Se outros
motivos não houvessem, lembrem-se que o País tem feito um esforço enorme para proteger
da pandemia todos aqueles que estavam vivos aquando da Revolução. E que é
graças a ela que hoje podem escrever
sobre ela o que bem entendem e não limitados pelos ditâmes de uma regime
regime.
By me
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