A coisa seria cómica se não fosse trágica.
Há países europeus que possuem leis e práticas que violam,
mais ou menos descaradamente, as regras da união europeia.
Já foram admoestados, já foram ameaçados de afastamento da
união, mas a coisa acalmou, do ponto de vista europeu, e a vida continua, com
tudo na mesma. Com pouco, se algum, mediatismo.
Coisas como o aborto, a liberdade de imprensa, a isenção da
justiça, são assuntos menores, que não incomodam cidadãos de outros países. E
menos ainda os respectivos órgãos de comunicação social.
Agora surgem umas quantas empresas privadas que querem
organizar-se de modo diverso do até aqui. Com negócios entre eles que, de um
modo ou outro, colidem com a ordem instituída. Que querem seguir algumas regras
ou modelos existentes noutros continentes, que não na europa. E isto é um escândalo,
porque se trata de futebol.
O facto de surgirem uns quantos de clubes de futebol que
querem fazer uma competição fechada entre eles, com alguns outros pontualmente
convidados, parece que está a incendiar as opiniões de cidadãos e media, sendo
noticia de primeira página e discussão de café, mesmo com a pandemia.
E se a justiça desportiva (seja lá isso o que for, mas
parece ser à margem da justiça normal) não for suficiente, ameaça-se com tribunais
comuns, excepcionais ou europeus. E levantam-se ameaças a figuras públicas,
daquelas cujos nomes fazem aquecer os ânimos e romper ligações familiares.
Limitem-se as liberdades individuais. Politize-se a justiça.
Homofobiem-se as famílias e os cidadãos.
Mas nem pensem em tocar no futebol!
E para que não fiquem a pensar em coisas desagradáveis,
deixo-vos com uma “fotografia fofinha”.
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