Em tempos
mantive um conjunto de acções de formação em fortografia a que chamávamos “trocas”.
O que deu
origem a este nome foi o facto de eu não querer dinheiro pelo que fazia. Em seu
lugar, pedia apenas algo feito pelo próprio e que este achasse que seria o
adequado para dar em troca do que recebia.
Foram
vários os motivos que me levaram a este projecto. Entre outros, o colocar em
prática a contestação ao dinheiro, enquanto valor equivalente, obrigatório e
insípido do nosso trabalho. É possível agir e fazer sem a intervenção do
dinheiro.
Por
outro o serem destinatários todas as pessoas, sem distinção de classes sociais
ou qualidade ou custo do equipamento fotográfico que possuíssem nem ambições
profissionais na área. Gente que gostaria de melhorar as fotografias de férias,
de família, de festas ou netos.
Encontrávamo-nos
uma ou duas vezes por mês, em locais públicos. Eu levava um projecto de
trabalho, e os acessórios que entendia serem precisos, e avançávamos nele, sem
antes tirar dúvidas técnicas ou outras, que os participantes tivessem.
Confesso
que tenho orgulho nos resultados obtidos, num misto de aula e brincadeira, com
o mínimo de palavrões técnicos e usando o espaço e a luz disponíveis.
Esta
é uma das fotografias feitas no dia em que abordámos o “contra-luz”.
Eu
levei os apitos, mas as folhas de árvore, as flores, os cabelos e o mobiliário
urbano foram trazidos pelos próprios ou existentes no jardim.
Quanto
à luz… A existente do sol ou as sombras naturais de um jardim medianamente
frondoso. Ou as reflexões naturais em função do chão ou de paredes ali
existentes.
By me
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