Começando por algum lado, afirmo que não sou simpatizante do
PCP. Nem seu eleitor.
No entanto, começam a chatear-me o Tico e o Teco os
editoriais, os artigos de opinião, as reportagens e as notícias sobre a festa
do Avante, que decorrerá em Setembro.
Em primeiro lugar, a pouco menos de um mês, não sabemos como
estará o país em termos pandémicos e da quantidade de casos de doença.
Em segundo lugar, e por aquilo que tenho lido e ouvido,
sempre foi afirmado que serão cumpridas todas as normas emanadas pelas
autoridades de saúde.
Em terceiro lugar, não ouvi ou li coros de protesto mediáticos
quando o Campo Pequeno se encheu de gente para um espectáculo com altas figuras
do estado presentes. Nem quando passaram a ser permitidas as corridas de toiros
nos mesmos espaços. Nem quando o partido mais à direita com representação
parlamentar promoveu uma manifestação/desfile pelas ruas de Lisboa.
Não creio que haja equilíbrio nos critérios editoriais da
comunicação social portuguesa. Em havendo que “abrir fogo” sobre alguma ala
política, é sempre sobre a esquerda, usando de paninhos quentes sobre a
direita.
Poderá dizer-se que isso é um direito constitucional:
liberdade de expressão e de opinião. Mas também é verdade que a comunicação
social se afirma como livre e isenta, respeitando o código deontológico,
nomeadamente a pluralidade de opiniões e o direito ao contraditório. Exceptuar-se-á,
naturalmente, os jornais ou semelhantes que assumem ser a voz deste ou daquele
partido ou tendência.
Diz-se que a
comunicação social (o quarto poder) é vital para a democracia e o seu
exercício. Estou tentado a acreditar nisso. Mas desta forma ponho muitas
reservas no que toca à sua utilidade.
By me
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