sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Urgências




Um dos argumentos que tenho ouvido de várias bocas contra a recém-votada e futura lei da despenalização da morte medicamente assistida é o haver coisas muito mais importantes a debater e resolver.
Falam-me da corrupção, da fome, da pedofilia… E que há muito mais gente a necessitar de medidas urgentes e profundas que pessoas em sofrimento e a querem morrer sem o conseguirem fazer autonomamente.
Acrescentam alguns que este será um “não assunto” e que a sua mediatização será uma forma de encher a comunicação com um tema pouco relevante para encobrir outros mais importantes e urgentes.
A estes que assim argumentam apenas respondo com uma pergunta: “E se fossem vocês à espera do fim do sofrimento não quereriam que fosse possível com urgência?”



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