Uma faca é uma
faca, dizem-me. Não, penso eu. E ajo em conformidade.
Apesar de uma faca
ser uma faca, não creio que sobrevivesse sozinho na selva com uma faquinha de
compota. Ou que passasse despercebido se num restaurante usasse uma faca de
mato para atacar uma posta de peixe espada grelhado. Nem seria de todo cómodo
usar uma faca de trinchar para afiar a ponta de um lápis.
Ao longo dos
tempos temos vindo a aperfeiçoar as ferramentas, algumas só depois de muitas
tentativas falhadas, e conseguimos ter um razoável conjunto de utensílios específicos
para diversas tarefas.
Podemos usar, genericamente,
qualquer um de qualquer família de utensílios para quase todas as funções
iniciais. Mas é muito mais fácil, e agradável, se usarmos as específicas caso
as tenhamos.
Não pensaria em ir
fazer reportagem de guerra com uma câmara técnica 9x12. Apesar de o poder
fazer. Ou publicidade para painéis exteriores com um telemóvel. Apesar de o
poder fazer.
Uma câmara é uma câmara,
tal como uma faca é uma faca.
Mas, tal como um
velho anúncio televisivo, “Não mate leões com fisga nem moscas com carabina”.
By me
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