“É mais fácil um camelo passar num buraco de agulha que um rico entrar no reino dos céus.”
Esta frase terá sido dita faz muito tempo por alguém que, para além de místico, era um sábio pela certa.
Uns vinte séculos passaram e ou bem que os camelos aumentaram enormemente de tamanho ou as agulhas diminuíram notoriamente. A ponto de uma simples linha ser difícil de fazer entrar no respectivo buraco de agulha. Algo que todos nós já constatámos várias vezes ao longo da vida.
Esta dificuldade aumenta exponencialmente se, como eu, só se vir de um olho. Aí, para além das dimensões, põe-se a questão de acertar no buraco. Garanto que é tarefa ingrata e frustrante.
Um destes dias entrei numa retrosaria, ali na rua da Conceição, em Lisboa. Ia eu em busca de uns elásticos de cordão, de umas tiras de “Velcro” e de umas outras miudezas para a manutenção de alguns dos meus artefactos de fotografia.
Já tudo no saquito de papel, e após uns bons dedos de conversa com o caixeiro, sobre o tempo, o turismo e os carteiristas dos eléctricos (que eles conhecem de os ver “trabalhar” ali na paragem em frente da porta) e comento que já só me faltava a paciência de conseguir enfiar a linha na agulha. E se eles não me venderiam um olho extra para remediar o problema.
O bom do homem, mais velho que eu, olhou para mim com ar sério. Depois sorriu e afirmou prazenteiro: “Olhos não temos, mas há aqui uma coisa que o pode ajudar!”
E abrindo uma gaveta no balcão, tirou uma caixa onde se pôs a rebuscar. E exibiu-me o que aqui vedes: Um auxiliar metálico para enfiar a dita linha no referido buraco da agulha!
Segurando na chapinha, é realmente fácil acertar com o aramezito no orifício. Depois, é só colocar a linha com se vê e puxar o conjunto. Em três tempos temos a linha enfiada onde a queremos!
Não creio que há 2000 anos houvesse algo de parecido para camelos. Ou a célebre frase nunca teria sido proferida!
Texto e imagem: by me
Esta frase terá sido dita faz muito tempo por alguém que, para além de místico, era um sábio pela certa.
Uns vinte séculos passaram e ou bem que os camelos aumentaram enormemente de tamanho ou as agulhas diminuíram notoriamente. A ponto de uma simples linha ser difícil de fazer entrar no respectivo buraco de agulha. Algo que todos nós já constatámos várias vezes ao longo da vida.
Esta dificuldade aumenta exponencialmente se, como eu, só se vir de um olho. Aí, para além das dimensões, põe-se a questão de acertar no buraco. Garanto que é tarefa ingrata e frustrante.
Um destes dias entrei numa retrosaria, ali na rua da Conceição, em Lisboa. Ia eu em busca de uns elásticos de cordão, de umas tiras de “Velcro” e de umas outras miudezas para a manutenção de alguns dos meus artefactos de fotografia.
Já tudo no saquito de papel, e após uns bons dedos de conversa com o caixeiro, sobre o tempo, o turismo e os carteiristas dos eléctricos (que eles conhecem de os ver “trabalhar” ali na paragem em frente da porta) e comento que já só me faltava a paciência de conseguir enfiar a linha na agulha. E se eles não me venderiam um olho extra para remediar o problema.
O bom do homem, mais velho que eu, olhou para mim com ar sério. Depois sorriu e afirmou prazenteiro: “Olhos não temos, mas há aqui uma coisa que o pode ajudar!”
E abrindo uma gaveta no balcão, tirou uma caixa onde se pôs a rebuscar. E exibiu-me o que aqui vedes: Um auxiliar metálico para enfiar a dita linha no referido buraco da agulha!
Segurando na chapinha, é realmente fácil acertar com o aramezito no orifício. Depois, é só colocar a linha com se vê e puxar o conjunto. Em três tempos temos a linha enfiada onde a queremos!
Não creio que há 2000 anos houvesse algo de parecido para camelos. Ou a célebre frase nunca teria sido proferida!
Texto e imagem: by me
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