Primeiro foi a questão dos bancos. De tanto emprestarem, aos particulares e entre si, perderam a liquidez, que é como quem diz, ficaram sem dinheiro, e a confiança que deveria reinar.
De imediato surgiu a palavra “crise”, com o espectro dos quintos dos infernos para os países ditos desenvolvidos. E os governos chegaram-se à frente, servindo de avalistas para o crédito interbancário e indo ao ponto de nacionalizarem alguns, afundados que estavam em dívidas e créditos mal-parados.
E o termo e o uso de “nacionalizar” surgiu como que natural, esquecidas que estão as doutrinas de esquerda, bem como as nacionalizações dos PREC’s, dos Allende’s, dos Fidel’s e de alguns outros. O capitalismo usou de ferramentas típicas do socialismo e do comunismo para se salvar e, até ver, deu-se bem com a coisa.
Mas depois dos bancos foi a vez das todo-poderosas indústrias automóveis. Porque não há crédito, os carros já não se vendem e, por consequência, não adianta fabrica-los.
Nalguns países foram disponibilizados créditos estatais para que a produção continue; noutros, como o nosso, foram dadas garantias de manutenção de rendimentos casos os trabalhadores sejam despedidos ou colocados em layout por via do fecho de fábricas ou redução de produção.
Mas o governo foi ainda mais longe, garantindo avales para empréstimos muito baratos a pequenas e médias empresas. “Continuem a produzir e a contrair empréstimos, que nós cá estamos para os garantir!”
Mas a coisa não se ficou por aqui: um destes dias, numa convenção de agencias de viagens acontecida em Macau, estas queixaram-se da crise e avançaram com a sugestão peregrina de os governos respectivos também a elas fornecer créditos e avales, para manterem o negócio em funcionamento.
No meio de tudo isto, no último fim-de-semana, leio uma notícia num jornal nacional on-line: lia-se nela que os casinos de Portugal têm registado fortes quebras no negócio, da ordem dos muitos milhões de euros. Na facturação e no lucro, entenda-se. O tom da notícia e do discurso dos responsáveis pelas salas de jogo e vício era de molde a sugerir que também neste caso os governos deveriam intervir. E não me espanta que, de uma forma igualmente discreta, os nossos governantes intervenham no mundo do jogo, máquinas ou salas reservadas.
Porque, afinal, tanto o jogo da política como os de fortuna e azar, ao tremerem, usam as cartas escondidas que sempre têm, por forma a que de sorte tenha apenas o nome.
De imediato surgiu a palavra “crise”, com o espectro dos quintos dos infernos para os países ditos desenvolvidos. E os governos chegaram-se à frente, servindo de avalistas para o crédito interbancário e indo ao ponto de nacionalizarem alguns, afundados que estavam em dívidas e créditos mal-parados.
E o termo e o uso de “nacionalizar” surgiu como que natural, esquecidas que estão as doutrinas de esquerda, bem como as nacionalizações dos PREC’s, dos Allende’s, dos Fidel’s e de alguns outros. O capitalismo usou de ferramentas típicas do socialismo e do comunismo para se salvar e, até ver, deu-se bem com a coisa.
Mas depois dos bancos foi a vez das todo-poderosas indústrias automóveis. Porque não há crédito, os carros já não se vendem e, por consequência, não adianta fabrica-los.
Nalguns países foram disponibilizados créditos estatais para que a produção continue; noutros, como o nosso, foram dadas garantias de manutenção de rendimentos casos os trabalhadores sejam despedidos ou colocados em layout por via do fecho de fábricas ou redução de produção.
Mas o governo foi ainda mais longe, garantindo avales para empréstimos muito baratos a pequenas e médias empresas. “Continuem a produzir e a contrair empréstimos, que nós cá estamos para os garantir!”
Mas a coisa não se ficou por aqui: um destes dias, numa convenção de agencias de viagens acontecida em Macau, estas queixaram-se da crise e avançaram com a sugestão peregrina de os governos respectivos também a elas fornecer créditos e avales, para manterem o negócio em funcionamento.
No meio de tudo isto, no último fim-de-semana, leio uma notícia num jornal nacional on-line: lia-se nela que os casinos de Portugal têm registado fortes quebras no negócio, da ordem dos muitos milhões de euros. Na facturação e no lucro, entenda-se. O tom da notícia e do discurso dos responsáveis pelas salas de jogo e vício era de molde a sugerir que também neste caso os governos deveriam intervir. E não me espanta que, de uma forma igualmente discreta, os nossos governantes intervenham no mundo do jogo, máquinas ou salas reservadas.
Porque, afinal, tanto o jogo da política como os de fortuna e azar, ao tremerem, usam as cartas escondidas que sempre têm, por forma a que de sorte tenha apenas o nome.
Texto e imagem: by me
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