They first came for the Communists,
and I didn't speak up
because I wasn't a Communist.
Then they came for the Jews,
and I didn't speak up
because I wasn't a Jew.
Then they came for the trade unionists,
and I didn't speak up
because I wasn't a trade unionist.
Then they came for the Catholics,
and I didn't speak up
because I was a Protestant.
Then they came for me —
and by that time no one was left
to speak up.
and I didn't speak up
because I wasn't a Communist.
Then they came for the Jews,
and I didn't speak up
because I wasn't a Jew.
Then they came for the trade unionists,
and I didn't speak up
because I wasn't a trade unionist.
Then they came for the Catholics,
and I didn't speak up
because I was a Protestant.
Then they came for me —
and by that time no one was left
to speak up.
Haverá quem diga: Lá está ele de novo!
Mas não posso deixar de me preocupar com a crescente e quase que imparável onda de controlo electrónico que este governo quer impor aos cidadãos!
Após a ideia peregrina do Cartão do Cidadão, que conterá dados sobre o seu portador a que ele não terá acesso mas que autoridades terão e onde poderão elas acrescentar elementos sem que o seu portador possa obstar o que quer que seja, vem agora o “Chip” para matriculas automóveis.
De acordo com notícia publicada no “Diário Económico”, este sistema terá múltiplas aplicações que não apenas as de controlo e fiscalização de viaturas por parte das autoridades policiais.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, diz que este sistema poderá ser usado por companhias de seguras, portagens em auto-estradas, acesso a zonas urbanas restritas ou mesmo o simples abrir de um portão de garagem.
Significa isto que os mecanismos de leitura do referido Chip estarão disponíveis nas mãos de privados, instituições ou indivíduos, podendo mesmo, e pensando no caso dos portões, serem vendidos em lojas ou mesmo nas feiras.
No caso dos seguros, este sistema permitirá que apenas estejam passíveis de seguro as viaturas em circulação e que aquelas guardadas só o activem quando na via pública. Donde, haverá sistemas de leitura desses chips em tudo quanto é lado e o correspondente registo de quando e onde um carro estará a circular.
Tão ou mais grave que isto, as novas auto-estradas vão poder fazer as suas cobranças de portagens recorrendo a este sistema e, sendo ele obrigatório para todas as viaturas, poderão deixar de ter portagens manuais. O que implica que quem quer que queira usar as auto-estradas deixará de poder pagar o seu uso em dinheiro, sendo obrigado a possuir conta bancária para tal. Ou seja, e por outras palavras, o dinheiro emitido pelo estado deixará de ter valor em algum lugar, no caso, nas auto-estradas.
Comentada esta questão entre conhecidos, houve logo quem perguntasse: “Então e os estrangeiros?” Suponho que estes serão obrigados a comprar um chip temporário, se quiserem circular nas vias de maior qualidade, ficando igualmente sujeitos a constarem em bases de dados que informam quem circula onde e quando, tal como acontecerá com os nacionais.
Claro está que este novo sistema, para além de obrigatório, será pago pelos possuidores de automóvel, tal como acontece com a renovação do bilhete de identidade.
Não posso, de forma alguma, concordar com esta permanente vigilância e controlo dos cidadãos. A privacidade de cada um vai morrendo aos poucos, sendo o Estado e as empresas comparáveis ao Grande Irmão, que tudo sabe e decide. Nem podemos deixar que sejamos escravos da tecnologia. Esta existe para nos servir e não para que nós a sirvamos.
A simples existência de objectos ou técnicas não é nem pleno de bondade nem cheio de maldade. É o seu uso que pode ser útil ou danoso. E a criação e imposição de técnicas que permitam o controlo dos cidadãos dá acesso a que a maldade se imponha.
A título de exemplo, apenas um, um dos grandes impulsos nas tecnologias de informação e tratamento de dados foi feito pelo então gigante IBM na gestão dos judeus, na Alemanha nazi. Que cada um deles possuía um numero de série tatuado.
Será isto muito diferente dos chips no cartão de cidadão ou nas matrículas dos automóveis?
“Primeiro eles vieram pelos judeus
e eu não falei,
porque não era judeu.
Depois vieram pelos comunistas
e eu não falei,
porque não era comunista.
Depois procuraram os católicos
e eu não falei,
porque era protestante.
Depois vieram pelos sindicalistas
e eu não falei,
porque não era sindicalista.
Então vieram por mim
mas aí não havia ninguém
para falar por mim.”
Texto e imagem: by me
Poema: by Martin Niemöller, 1938
Mas não posso deixar de me preocupar com a crescente e quase que imparável onda de controlo electrónico que este governo quer impor aos cidadãos!
Após a ideia peregrina do Cartão do Cidadão, que conterá dados sobre o seu portador a que ele não terá acesso mas que autoridades terão e onde poderão elas acrescentar elementos sem que o seu portador possa obstar o que quer que seja, vem agora o “Chip” para matriculas automóveis.
De acordo com notícia publicada no “Diário Económico”, este sistema terá múltiplas aplicações que não apenas as de controlo e fiscalização de viaturas por parte das autoridades policiais.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, diz que este sistema poderá ser usado por companhias de seguras, portagens em auto-estradas, acesso a zonas urbanas restritas ou mesmo o simples abrir de um portão de garagem.
Significa isto que os mecanismos de leitura do referido Chip estarão disponíveis nas mãos de privados, instituições ou indivíduos, podendo mesmo, e pensando no caso dos portões, serem vendidos em lojas ou mesmo nas feiras.
No caso dos seguros, este sistema permitirá que apenas estejam passíveis de seguro as viaturas em circulação e que aquelas guardadas só o activem quando na via pública. Donde, haverá sistemas de leitura desses chips em tudo quanto é lado e o correspondente registo de quando e onde um carro estará a circular.
Tão ou mais grave que isto, as novas auto-estradas vão poder fazer as suas cobranças de portagens recorrendo a este sistema e, sendo ele obrigatório para todas as viaturas, poderão deixar de ter portagens manuais. O que implica que quem quer que queira usar as auto-estradas deixará de poder pagar o seu uso em dinheiro, sendo obrigado a possuir conta bancária para tal. Ou seja, e por outras palavras, o dinheiro emitido pelo estado deixará de ter valor em algum lugar, no caso, nas auto-estradas.
Comentada esta questão entre conhecidos, houve logo quem perguntasse: “Então e os estrangeiros?” Suponho que estes serão obrigados a comprar um chip temporário, se quiserem circular nas vias de maior qualidade, ficando igualmente sujeitos a constarem em bases de dados que informam quem circula onde e quando, tal como acontecerá com os nacionais.
Claro está que este novo sistema, para além de obrigatório, será pago pelos possuidores de automóvel, tal como acontece com a renovação do bilhete de identidade.
Não posso, de forma alguma, concordar com esta permanente vigilância e controlo dos cidadãos. A privacidade de cada um vai morrendo aos poucos, sendo o Estado e as empresas comparáveis ao Grande Irmão, que tudo sabe e decide. Nem podemos deixar que sejamos escravos da tecnologia. Esta existe para nos servir e não para que nós a sirvamos.
A simples existência de objectos ou técnicas não é nem pleno de bondade nem cheio de maldade. É o seu uso que pode ser útil ou danoso. E a criação e imposição de técnicas que permitam o controlo dos cidadãos dá acesso a que a maldade se imponha.
A título de exemplo, apenas um, um dos grandes impulsos nas tecnologias de informação e tratamento de dados foi feito pelo então gigante IBM na gestão dos judeus, na Alemanha nazi. Que cada um deles possuía um numero de série tatuado.
Será isto muito diferente dos chips no cartão de cidadão ou nas matrículas dos automóveis?
“Primeiro eles vieram pelos judeus
e eu não falei,
porque não era judeu.
Depois vieram pelos comunistas
e eu não falei,
porque não era comunista.
Depois procuraram os católicos
e eu não falei,
porque era protestante.
Depois vieram pelos sindicalistas
e eu não falei,
porque não era sindicalista.
Então vieram por mim
mas aí não havia ninguém
para falar por mim.”
Texto e imagem: by me
Poema: by Martin Niemöller, 1938
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