É fácil de perceber como os que nos circundam encaram a vida e o seu relacionamento com quem os cerca. Basta estar alerta para pequenos gestos, daqueles mesmo insignificantes e feitos sem pensar.
No caso, trata-se dos tabuleiros de uma cantina que cada utilizador deve, após a refeição, colocar num carrinho de recolha.
Cada um dos carrinhos tem calhas onde se apoiam os tabuleiros, a dois por calha. E sendo que estas possuem um “fim de curso” para evitar que o primeiro caia quando empurrado, é o lado oposto ou “frente” que é apresentado aos utilizadores. Nada de especial até aqui. Não fora a forma como os tais tabuleiros são colocados!
Podem ser colocados no carrinho à altura das mãos de quem os transporta, nas calhas de cima ou nas de baixo. Em regra, utilizam-se as que nos ficam mais acessíveis. Mas em encontrando estas já ocupadas, temos que nos baixar ou elevar os braços para aceder aos espaços vazios. Também nada de especial até aqui.
O que já não é tão agradável a quem chega é constatar que todas as calhas já estão ocupadas. Não por falta de recolha por parte de quem o deve fazer mas antes porque apenas a parte frontal do carrinho está ocupada. A esmagadora maioria dos utilizadores coloca os tabuleiros logo no inicio das calhas, obrigando a quem vem depois a usar o seu próprio tabuleiro para os empurrar para o fundo a fim de ter espaço. É um exercício de pontaria e equilíbrio o usar o topo de um tabuleiro para acertar noutro a ponto de ser empurrado e sem deixar tombar o seu conteúdo. E ficaria bem mais facilitada a vida de todos se, ao colocar o tabuleiro, este fosse empurrado logo para o fundo. Desta forma, quem quer que venha depois encontra espaço livre para o colocar sem estar com jogos de pontaria e sentimentos menos simpáticos para com quem o antecedeu.
Mas estes mesmos, os que não gostam de terem falta de espaço, são os primeiros, em regra, a não o deixar para os demais.
Esta situação, ainda que quase insignificante no dia-a-dia, vivo-a eu onde trabalho. Com frequência faço reparos a quem comigo coloca os tabuleiros sobre a questão, mostrando os incómodos que provoca e o quão simples é modifica-la. Inútil!
Na refeição seguinte, voltam a fazer o mesmo, ocupando a entrada e não deixando espaço a quem os siga.
Olhar para o umbigo é ou pode ser bom. Muito principalmente se olharmos para o umbigo dos outros, o que é muito mais fácil que para o nosso próprio e onde se encontram alguns muito bonitos. Afinal, basta levantarmos os olhos!
Texto e imagem: by me
No caso, trata-se dos tabuleiros de uma cantina que cada utilizador deve, após a refeição, colocar num carrinho de recolha.
Cada um dos carrinhos tem calhas onde se apoiam os tabuleiros, a dois por calha. E sendo que estas possuem um “fim de curso” para evitar que o primeiro caia quando empurrado, é o lado oposto ou “frente” que é apresentado aos utilizadores. Nada de especial até aqui. Não fora a forma como os tais tabuleiros são colocados!
Podem ser colocados no carrinho à altura das mãos de quem os transporta, nas calhas de cima ou nas de baixo. Em regra, utilizam-se as que nos ficam mais acessíveis. Mas em encontrando estas já ocupadas, temos que nos baixar ou elevar os braços para aceder aos espaços vazios. Também nada de especial até aqui.
O que já não é tão agradável a quem chega é constatar que todas as calhas já estão ocupadas. Não por falta de recolha por parte de quem o deve fazer mas antes porque apenas a parte frontal do carrinho está ocupada. A esmagadora maioria dos utilizadores coloca os tabuleiros logo no inicio das calhas, obrigando a quem vem depois a usar o seu próprio tabuleiro para os empurrar para o fundo a fim de ter espaço. É um exercício de pontaria e equilíbrio o usar o topo de um tabuleiro para acertar noutro a ponto de ser empurrado e sem deixar tombar o seu conteúdo. E ficaria bem mais facilitada a vida de todos se, ao colocar o tabuleiro, este fosse empurrado logo para o fundo. Desta forma, quem quer que venha depois encontra espaço livre para o colocar sem estar com jogos de pontaria e sentimentos menos simpáticos para com quem o antecedeu.
Mas estes mesmos, os que não gostam de terem falta de espaço, são os primeiros, em regra, a não o deixar para os demais.
Esta situação, ainda que quase insignificante no dia-a-dia, vivo-a eu onde trabalho. Com frequência faço reparos a quem comigo coloca os tabuleiros sobre a questão, mostrando os incómodos que provoca e o quão simples é modifica-la. Inútil!
Na refeição seguinte, voltam a fazer o mesmo, ocupando a entrada e não deixando espaço a quem os siga.
Olhar para o umbigo é ou pode ser bom. Muito principalmente se olharmos para o umbigo dos outros, o que é muito mais fácil que para o nosso próprio e onde se encontram alguns muito bonitos. Afinal, basta levantarmos os olhos!
Texto e imagem: by me
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