Fui enganado. Talvez antes deva dizer enganei-me. Para ser
franco: fui no embrulho!
No quiosque onde compro cigarros, demorei-me um pouco mais a
ver as capas, ou o que estava visível delas face à quantidade de títulos
disponível.
A um canto de um escaparate, dois exemplares de um terço (em
boa verdade é um rosário, já que são mais que três as orações correspondentes).
Estavam quase que escondidos, mas dei com eles.
O cartão que dava volume ao saco plástico da embalagem
dizia, simples e directo, “Terço Papa Francisco”. E a medalha ali aposta, como
se vê, a fotografia do defunto papa.
O meu pensamento imediato não teve dúvidas: ainda há dias o
homem foi sepultado e já há disto no mercado. São rápidos, caramba! Talvez num
esforço antecipado no santificar o pontífice.
Acabei por reduzir o stock a um exemplar.
Em chegando a casa abri o saquinho e observei com atenção. Na
parte de trás da medalhinha a referência ao centenário das aparições de Fátima,
1917-2017. E aí percebi tudo.
Há oito anos não venderam toda existência. E aproveitaram a
agonia e morte de Francisco para esvaziaram armazéns através de um jornal.
Recordam-se dos vendilhões do templo?
Pentax K1
mkII, Tamron SP Adaptall2 90mm 1:2,5
By me
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