Fui ver uma exposição de fotografia.
No museu da cidade, Palácio Pimenta, da autoria de Luis Pavão. Recomenda-se, para os mais novos verem como era alguma vivência em Lisboa nos últimos 20 anos do século passado e para os mais velhos recordarem, talvez, alguma das suas vivências.
Algumas das imagens, quatro ou cinco, estavam impressas em tamanho natural, recortadas e coladas na parede. Este é um dos exemplos.
Mas tiveram uma ideia patusca: colocar à frente desta fotografia um banco, como que num convite a sentar e fazer uma brincadeira fotográfica.
Foram mais longe na ideia e na sua concretização e criaram aqui uma luz em muito semelhante à dos retratados na parede. Como se vê aqui.
Resulta!
Só que... Só que esta luz, crua e bem vertical, evidencia ou exagera as rugas do rosto de quem aqui se sentar. A idade não perdoa e o amor-próprio também não.
Esta senhora não conseguia fazer uma selfie no banco e pediu-se ajuda. Usando o seu telemovel, fiz. Ela viu e comentou, amarga, que a idade não perdoa.
Tinha a minha câmara no ombro e a 90mm montada. Perguntei-lhe se podia usar a minha e anuiu. Afastei-me quanto bastou para que a perspectiva como que disfarçasse essas marcas do tempo. Mostrei-lha e disse-me que estava muito melhor.
Fiquei com o seu e-mail e já lha enviei.
Tal como costumo dizer, a luz é a minha matéria-prima, a perspectiva a minha ferramenta.
Pentax K1 mkII, Tamron SP Adaptal2 90mm, 1:2,5
By me
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