Sabemos sempre quando fazemos a primeira fotografia. Pessoa,
local, acontecimento.
Nunca sabemos quando fazemos a última fotografia.
E se todas as fotografias têm história, com um prefácio
longo e um desenvolvimento tão breve quanto a obturação, o epílogo acontecerá
não se sabe quando ou como ao fazê-la.
Ao fotografar, há que honrar os presentes. Por que são
aquilo a que se prestam para obtermos aquilo que fazemos.
Mais tarde, mesmo que muito mais tarde, haverá que os honrar
do mesmo modo, mantendo a publicidade e a privacidade a que nos comprometemos
aquando do momento decisivo.
Nem tudo o que sabemos sobre uma imagem feita pode ser divulgado,
mesmo com uma dezena de anos ou mais. Mesmo que todos os epílogos já tenham
sido escritos e que do enredo reste apenas a bidimensionalidade do grafado.
Sobre esta fotografia apenas posso dizer que tenho orgulho
em a ter feito e de ter feito parte do enredo da sua história. Quanto ao resto,
fica na privacidade dos quatro.
By me
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