Se nos vão retirar uma hora, quero aproveitar as que tenho
para outras coisas que não publicações. Sejam essas coisas úteis ou inúteis.
Já agora, aproveito a circunstância para recordar que o
tempo, no conceito generalizado que dele temos, é redondo. Ou circular. Ou
esférico.
Prende-se ele (ou a forma como o avaliamos) com os
movimentos terrestres, quer sobre si mesmo quer em torno do sol. Ou os
movimentos da lua em torno de nós. E, talvez por isso, as representações que do
tempo fazemos são circulares, levando a forma de medir a um qualquer ponto zero
depois de completar um círculo, para reiniciar um ciclo.
Alguns, no entanto, procuram outras formas geométricas para
a representação temporal. Mesmo com o movimento circular dos indicadores de
tempo.
Este é o meu relógio, que existe na minha mesa de trabalho
há mais de vinte anos.
Muito curiosamente, está certo (ou tão certo quanto as convenções
o permitem) com o tempo solar, indicando o meio-dia quase quando o sol está no
seu zénite. Por outras palavras, a hora de inverno é muito mais natural que a
de verão.
Já agora, e só para vos despertar a curiosidade: porque raio
dividimos o ciclo diário em duas vezes doze? Ou porquê sessenta minutos ou
sessenta segundos e não dez e potências de dez, como seria muito mais natural,
considerando a quantidade dedos que temos nas mãos?
Seja como for, estou a minutos de parar esta diatribe, que a
minha barriga está quase a dar horas. Que o tempo natural é muito mais importante
que o tempo convencionado.
Que Chronos ou Kairós vos seja favorável!
By me
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