segunda-feira, 11 de maio de 2020

Em guerra




Desde há muito que defendo esta teoria. Talvez louca, talvez não, alicerçada nas evidências e fantasiada a partir de Orwell.
O mundo está em guerra. Com algumas balas ou bombas pelo caminho, mas usando como principal munição o poder económico.
Serão três os principais contendores ou blocos: os eua, a europa e a china. Todos uns contra os outros. Haverá um quarto interveniente, de peso, mas que não tem a mesma relevância de outros tempos: a rússia.
Acontece que é demasiado complicado manter uma guerra contra dois oponentes diferentes ao mesmo tempo: quando se fortalece uma frente falha a outra. O ideal é, e a história demonstra-nos isso mesmo demasiadas vezes, fazer uma aliança com um deles, os dois derrotarem o terceiro e depois resolver-se a questão entre os sobreviventes.
Duvidam? Veja-se o que aconteceu há menos de um século com a segunda guerra mundial: Alemanha, bloco ocidental e a rússia.
Neste momento em que vivemos creio existir uma aliança meio secreta ou implícita entre a china e os eua. Apesar das escaramuças que vão acontecendo, com publicidade por demais evidente, ambos vão minando e derrotando a velha europa, que já de si tem dificuldade em se entender por dentro.
Esta pandemia, que não acredito como propositada, veio apenas ajudar nesta estratégia. Tal como a questão dos refugiados, das vendas concorrenciais de produtos oriundos do oriente ou das américas.
Quando estivermos, nós os europeus, sem capacidade de reacção, será a batalha final entre os dois lados do Pacífico, talvez que aí com mais que apenas economia. E com a rússia a observar e à espera da oportunidade de se bater com o último combatente.

Fará sentido repensarmos o que fazemos e o nosso estilo de vida.
E, sem prescindirmos do conceito de aldeia global no seu conceito mais abrangente, ganharmos capacidade de sobrevivência com autonomia. Com menos consumismo e mais capacidade de produção daquilo que realmente necessitamos, deixando de parte tudo aquilo que os beligerantes fazem questão de nos fazer acreditar que nos é imprescindível.
Querem exemplos, neste caso no campo da cultura?
Quando foi a última vez que viram, nas TVs ou em sala de cinema, um filme produzido ou rodado na alemanha ou itália ou frança?
Ou foram a um festival de música com cabeças de cartaz oriundos de espanha ou polónia ou suécia?
Ou leram um bom livro com enredo europeu, baseado na europa e escrito por um europeu?
Já agora, e passando para coisas mais comezinhas, sabem qual é a proporção de trigo que importamos face às nossas necessidades? Ide saber e espantai-vos.



By me

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