É divertido ver como, com o passar do tempo, o medo de uma
doença invisível se vai transformando em raiva e vontade de “bater” em algo ou
alguém.
Haverá sempre quem faça questão de dizer que as medidas são
erradas, que aquele discurso é incoerente, que o outro comunicado está falho de
credibilidade…
Haverá sempre quem, em passando o susto e antes de entrar em
pânico, dispare para todos os lados, em busca de um eventual culpado do que
acontece.
E haverá sempre quem faça questão de tentar demonstrar que
as soluções milagrosas e que se ainda não foram aplicadas é porque não lhe
perguntaram.
Mais ainda, haverá sempre quem queira que o Estado contribua
para isto e para aquilo, que os outros se cheguem à frente, que alguém faça
alguma coisa. E, se tal não for feito, “eles” são incompetentes, avarentos,
agiotas, ignorantes das necessidades do povo.
O último exemplo é a norma que impõe o uso de máscara em
locais fechados, como transportes públicos ou comércio. E há quem venha
reclamar que deveriam ser os comerciantes e as transportadoras a fornecê-la
gratuitamente.
Recordo que também é proibido andar nu no interior de
estabelecimentos comerciais ou transportes coletivos. E não vejo ninguém
reclamar que os supermercados, farmácias ou transportadoras deveriam fornecer,
gratuitamente, um conjunto de roupa interior, calças e camisa.
Ora e se fossem dar banho ao cão?
Não podemos esperar que sejam sempre os outros a tomar conta
de nós. A fazer tudo por nós, a decidir tudo por nós, a proteger-nos de todos
os inconvenientes ou calamidades que nos acontecem. A culpa de ser atropelado
numa passagem de peões em que a sinalização permite a sua passagem será d
automóvel. Mas também do peão, que não verificou as condições de segurança.
Cuide de si e cuide dos outros, colaborando ao máximo com o
que os eleitos e os técnicos estão a fazer por nós.
Se não quiser colaborar, estou em crer que haverá um
lugarzinho para si, algures na Antartida.
By me
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