terça-feira, 31 de outubro de 2017

Press



Sabemos existirem os “Velhos do Restelo” e os “Arautos da Desgraça”.
Tiveram a sua época, medieva ou nem tanto.
Nos tempos que correm foram substituídos pelos articulistas e os fazedores de opinião.
Com um acréscimo: os consumidores de informação, vulgo “público”, não vêem noticiários nem compram jornais (e consequentemente não consomem o que eles produzem) se o que encontram for positivo ou elogioso.
Haverá que saber das catástrofes, dos acidentes, das mortes e dos erros. E quanto mais poderosos forem aqueles de quem se fala nas falhas ou crimes, mais a “populaça” gosta. E lê jornais ou assiste a noticiários. Para gáudio comercial de empresários ou ideológico de políticos.
A especialidade dos “opinion makers” é dizer mal! Quanto mais mal disserem, quanto mais corrosivos forem, quantos mais questões levantarem, mais vendem e mais assegurados estão os “linguados” ou “peças” que avençam.
Sugestão de confirmação (ou negação) do acima dito:
Procure-se num jornal ou televisão notícias positivas ou elogiosas sobre poderosos ou governantes.
A título de exemplo, verifique-se o ênfase (ou falta dele) que foi dado pelos media às recentes alterações legislativas sobre o apoio público a pessoas com deficiência.
Claro está que os donativos feitos por Ronaldo são noticiados. Mas é um ídolo popular, não um poderoso ou governante de coisa pública.
Encontrar elogios ou incentivos perante bons exemplos nos media é coisa rara. Um pouco como a lei, que regulamenta, proíbe e define sanções às actividades humanas, deixando de fora os incentivos, os exemplos ou as recomendações positivas.

Os media são o pessimismo materializado. Os comentadores e fazedores de opinião o seu expoente máximo.

By me 

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