Foi um destes
dias.
Apareceu por lá
uma novata, uma no feudo dos uns, a cometer algumas gafes.
Percebi que não
era desleixo ou incompetência, como com alguns outros que vão aparecendo, mas tão
só o natural da sua tenra inexperiência.
Comecei por mandar
recados por interposta pessoa, que aquela situação não era comigo (já não era
comigo), mas percebi que de pouco teria servido. Ou que as bases faltavam ali
em demasia. E perdi a vergonha.
Meti conversa,
apresentámo-nos, puxei de galões e estivemos um pedaço de paleio, com umas
dicas e soluções a questões concretas, com explicações e exemplos práticos.
A dado passo,
entre justificações sérias entremeadas com outras de brincadeira, oiço algo
como “Mas isso é uma justificação psicológica para a composição de imagem!”
Parei um nico e
respondi: “Claro que é! Aquilo que fazemos, mesmo que banal e simples como
neste estúdio, é levar o público a ter as reacções que queremos com as imagens
que fazemos. E há que saber como o público lê o que lhes apresentamos para
conseguirmos o que queremos. Fazer imagem, profissionalmente, é manipular opiniões
e condicionar reacções.”
E continuámos com
a gestão do “ar”, com o equilíbrio das importâncias e com o mandar ás urtigas a
regra dos terços.
Gostei de ver o
resultado prático pouco depois.
By me
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