Há coisas interessantes nas fotografias de férias e de
turismo.
Uma delas é as pessoas fazerem-se fotografar em frente aos
locais de interesse (paisagens, monumentos, etc.) de frente para a câmara,
tendo por fundo esse local.
Como se o mais importante a contar fosse o fotografado e a
sua relação com a objectiva e não o local.
Claro que, acessoriamente, todas essas pessoas assim
fotografadas exibem um sorriso, tentando com isso mostrar como estão felizes em
ali estar. Sendo que esse “ali” é secundário, pela forma como a imagem é feita.
Admitamos que esse fundo importante estar lá ou em seu lugar
um painel pintado ou uma boa edição fotográfica seria rigorosamente a mesma coisa
em termos de mensagem final. Nada de original nestas falsificações, diga-se de
passagem.
Já quanto aos sorrisos… Daqui por um bom milhar de anos, os
estudiosos do nosso tempo dirão que eramos todos felizes ou idiotas, já que os
registos fotográficos exibem apenas gente a sorrir.
Este é um exemplo do oposto:
Dois homens, migrantes de uma
terra distante e que mal dominavam a língua local, que se fizeram fotografar
gratuitamente num jardim por um desconhecido para mandarem a fotografia para a
família na sua terra natal.
Sobre as poses, posses e a discrepância
de vestuário há toda uma história e opiniões que guardarei para outra ocasião.
By me
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