sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Os sorrisos ou a falta deles




Há coisas interessantes nas fotografias de férias e de turismo.

Uma delas é as pessoas fazerem-se fotografar em frente aos locais de interesse (paisagens, monumentos, etc.) de frente para a câmara, tendo por fundo esse local.

Como se o mais importante a contar fosse o fotografado e a sua relação com a objectiva e não o local.

Claro que, acessoriamente, todas essas pessoas assim fotografadas exibem um sorriso, tentando com isso mostrar como estão felizes em ali estar. Sendo que esse “ali” é secundário, pela forma como a imagem é feita.

Admitamos que esse fundo importante estar lá ou em seu lugar um painel pintado ou uma boa edição fotográfica seria rigorosamente a mesma coisa em termos de mensagem final. Nada de original nestas falsificações, diga-se de passagem.

Já quanto aos sorrisos… Daqui por um bom milhar de anos, os estudiosos do nosso tempo dirão que eramos todos felizes ou idiotas, já que os registos fotográficos exibem apenas gente a sorrir.

 

Este é um exemplo do oposto:

Dois homens, migrantes de uma terra distante e que mal dominavam a língua local, que se fizeram fotografar gratuitamente num jardim por um desconhecido para mandarem a fotografia para a família na sua terra natal.

Sobre as poses, posses e a discrepância de vestuário há toda uma história e opiniões que guardarei para outra ocasião.


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