sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Códigos




Comunicar implica forçosamente usar uma linguagem comum entre emissor e receptor. Quando não o que acontece é apenas expressão pessoal ou corporativa.

Quando falamos em comunicação social o conhecimento da forma como o público reage é vital. Tanto na forma como no conteúdo. Seja qual for o suporte ou meio usado.

Quem ignorar isto e usar como argumento “Lá fora faz-se assim”, está a menosprezar por completo o público português, fazendo taboa rasa da cultura nacional.

A globalização na comunicação não pode, sob pena de extinguir as características culturais de um povo, ignora-lo e querer impor normas e códigos generalistas, ignorando os locais.

Dando um exemplo absurdo, imagine-se que surgia um jornal impresso em Portugal que mostrava os textos escritos na vertical e não na horizontal, com o pretexto de haver milhões de pessoas na ásia que assim escrevem e lêem.

A inovação e a globalização podem e devem ser usadas. Mas equilibradas com as culturas locais, e não querendo apaga-las.

A menos que não estejamos a falar de comunicação social mas antes de experimentalismo tendo por alvo grupos muito restritos.


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