Eu sei que na lapela do meu colete anda este emblema.
E que ele é, na sua raiz, antagónico com o conceito de eleições ou mesmo de democracia.
Mas, tenho que admitir, uma coisa é o conceito de sociedade que gostaríamos de ter e pelo qual nos batemos, outra é aquilo que podemos conseguir em tempo útil de vida. E não creio que os meus netos, ou mesmo os seus netos, alguma vez possam chegar onde eu mesmo gostaria de chegar.
Donde, há que co-existir com a democracia e com as semi-liberdades que ela nos permite. Mas nunca permitir que ela, a democracia, regrida ou que as liberdades diminuam. Ou que as proibições e obrigações, por via de lei, cresçam e nos limitem na nossa condição de cidadãos.
Leio, na versão on-line do Público, o artigo que a seguir se transcreve. E assusto-me com o seu conteúdo, com a possibilidade de, uma vez mais, darmos uns valentes passos atrás no sentido das liberdades de consciência.
Quando a liberdade e a democracia passam a impostas e obrigatórias, deixam de o ser!
Para "proteger" a democracia
Carlos César defende voto obrigatório em Portugal
O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu hoje o voto obrigatório nas eleições em Portugal como forma de “proteger” a democracia e aumentar a responsabilidade dos políticos.
“Defendo o voto obrigatório porque, se a democracia não se proteger, quando precisarmos de autoridade democrática, ela será precária e, quando precisarmos de decidir, duvidaremos sempre da legitimidade das decisões”, afirmou Carlos César, num jantar realizado na Casa dos Açores em Winnipeg, no Canadá.
Para o presidente do executivo açoriano, também dirigente nacional do PS, esta questão “tem que ser resolvida de uma vez por todas”, defendendo que é necessário “ter a coragem de, democraticamente, defender a nossa democracia”.
No discurso que proferiu perante mais de 500 pessoas que se reuniram na Casa dos Açores nesta cidade canadiana, Carlos César considerou que “deve ser criado um movimento no país para que a obrigatoriedade do voto vigore, tenha protecção constitucional e legal”.
Para Carlos César, que também é membro do Conselho de Estado, desta forma “a democracia será revigorada, transmitindo transparência à vontade do povo português e maior responsabilização à acção dos políticos”.
No mesmo sentido, destacou a importância dos emigrantes açorianos participarem de forma cada vez mais activa na vida política dos seus países de residência. “Um açoriano, se for cidadão canadiano, não é menos cidadão açoriano. Até é mais. Não só é açoriano, como é canadiano, e isso é bom para os Açores, é bom para o Canadá e é bom para todos os cidadãos”, afirmou.
Carlos César tem hoje contactos com as autoridades políticas canadianas em Winnipeg, antes de viajar para Toronto, onde decorrem domingo as comemorações do Dia dos Açores.
Imagem e comentário: by me
E que ele é, na sua raiz, antagónico com o conceito de eleições ou mesmo de democracia.
Mas, tenho que admitir, uma coisa é o conceito de sociedade que gostaríamos de ter e pelo qual nos batemos, outra é aquilo que podemos conseguir em tempo útil de vida. E não creio que os meus netos, ou mesmo os seus netos, alguma vez possam chegar onde eu mesmo gostaria de chegar.
Donde, há que co-existir com a democracia e com as semi-liberdades que ela nos permite. Mas nunca permitir que ela, a democracia, regrida ou que as liberdades diminuam. Ou que as proibições e obrigações, por via de lei, cresçam e nos limitem na nossa condição de cidadãos.
Leio, na versão on-line do Público, o artigo que a seguir se transcreve. E assusto-me com o seu conteúdo, com a possibilidade de, uma vez mais, darmos uns valentes passos atrás no sentido das liberdades de consciência.
Quando a liberdade e a democracia passam a impostas e obrigatórias, deixam de o ser!
Para "proteger" a democracia
Carlos César defende voto obrigatório em Portugal
O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu hoje o voto obrigatório nas eleições em Portugal como forma de “proteger” a democracia e aumentar a responsabilidade dos políticos.
“Defendo o voto obrigatório porque, se a democracia não se proteger, quando precisarmos de autoridade democrática, ela será precária e, quando precisarmos de decidir, duvidaremos sempre da legitimidade das decisões”, afirmou Carlos César, num jantar realizado na Casa dos Açores em Winnipeg, no Canadá.
Para o presidente do executivo açoriano, também dirigente nacional do PS, esta questão “tem que ser resolvida de uma vez por todas”, defendendo que é necessário “ter a coragem de, democraticamente, defender a nossa democracia”.
No discurso que proferiu perante mais de 500 pessoas que se reuniram na Casa dos Açores nesta cidade canadiana, Carlos César considerou que “deve ser criado um movimento no país para que a obrigatoriedade do voto vigore, tenha protecção constitucional e legal”.
Para Carlos César, que também é membro do Conselho de Estado, desta forma “a democracia será revigorada, transmitindo transparência à vontade do povo português e maior responsabilização à acção dos políticos”.
No mesmo sentido, destacou a importância dos emigrantes açorianos participarem de forma cada vez mais activa na vida política dos seus países de residência. “Um açoriano, se for cidadão canadiano, não é menos cidadão açoriano. Até é mais. Não só é açoriano, como é canadiano, e isso é bom para os Açores, é bom para o Canadá e é bom para todos os cidadãos”, afirmou.
Carlos César tem hoje contactos com as autoridades políticas canadianas em Winnipeg, antes de viajar para Toronto, onde decorrem domingo as comemorações do Dia dos Açores.
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