Esta é uma chávena de café.
O interessante é pensarmos que, apesar da frase e de ser a
maior coisa visível na imagem, a chávena propriamente dita é algo a que pouca
atenção prestamos.
Não nos preocupamos ou sequer fotografamos o banal, o comum,
o ordinário. Só entendemos por importante o que sai da rotina, o
extraordinário, aquilo que incomoda a regularidade uniforme da vida.
Numa chávena de café como esta, reparamos no fumegar e
deduzimos que o café estará quente. De igual forma, podemos imaginar o aroma ou
o paladar. Mas quem se importa com o facto de a chávena ser preta?
Talvez faça sentido prestarmos atenção ao que a mente não
vê, pese embora os olhos mostrarem. Que é no banal que assenta o quotidiano, a
nossa tranquilidade. E, no entanto, o banal está tão pleno de pequenos incomuns
que sobre ele se poderiam encher um sem número de bibliotecas.
Pouca atenção damos à chávena propriamente dita. Mas é ela
que levamos à boca.
By me
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